A procura por apoio psicológico diminuiu e está a preocupar os profissionais de saúde. Neste mês importante para a saúde mental, a plataforma ‘Fixando’ revelou um estudo que reflete os dados estatísticos sobre a procura por consultas de psicologia.

Num mês em que se celebra a saúde mental a procura por consultas de psicologia em Portugal está a diminuir o que preocupa os profissionais de saúde. A plataforma ‘Fixando’ revelou os dados de um estudo que constataram um decréscimo de 25% na aquisição destes serviços.

A plataforma ‘Fixando’ recolheu dados entre 2020 e 2022 sobre a procura por consultas de psicologia. Segundo a Alice Nunes, diretora de Novos Negócios da plataforma, os números “refletem o impacto da pandemia de Covid-19, que trouxe consigo uma maior consciencialização sobre a importância da saúde metal”.

Embora se tenha comprovado um aumento significativo em 2021 (144%) e em 2022 (160%), relativamente aos anos anteriores. Alice Nunes alertou que “a tendência mudou drasticamente nos últimos dois anos”. Em 2023 verificou-se uma quebra de 27% e a estimativa é que até ao final de 2024 a quebra anual seja de 16%.

A inversão desta tendência está relacionada com as dificuldades económicas que têm afetado muitos portugueses. Com a diminuição do rendimento disponível as despesas supérfluas são muitas vezes retiradas, os gastos com cuidados em saúde mental, como as consultas de psicologia.

Um apoio ainda visto como um luxo que “acaba por afetar de forma mais acentuada jovens e reformados, que representam os grupos com maior vulnerabilidade económica”, explicou Alice. O que leva à tomada de medidas necessárias para melhorar o acesso dos portugueses aos cuidados de saúde mental. Entre as medidas, destaca-se, a necessidade de existirem mais psicólogos nas escolas e universidades, no Serviço Nacional de Saúde (SNS), assim como o aumento das comparticipações, tanto do estado e subsistemas de saúde como de seguradoras.

Entre os principais motivos para a procura de apoio psicológico está a ansiedade (60%), a depressão (58%) e o isolamento (29%). Considerando “fundamental refletir sobre o impacto que a instabilidade económica está a ter na saúde mental dos portugueses e como garantir que o apoio psicológico seja uma prioridade acessível a todos”, foi a conclusão feita por Alice Nunes.

A ‘Fixando’ é uma aplicação que faz a ligação entre os especialistas em cada área e os clientes, em todos os serviços. Tem sido uma ferramenta necessária na angariação de clientes e aumento do volume de negócios.