Com a chegada da Primavera nascem as flores e o sol larga a timidez, mas esta altura do ano é também quando algumas doenças típicas da época começam a dar sinais, como é o caso da dermatite atópica.
A dermatite atópica, também conhecida como eczema atópico, é uma doença inflamatória crónica da pele que se caracteriza por inflamação, comichão, secura extrema ou vermelhidão.
A dermatite atópica consiste em períodos de fase aguda (crises) com erupções avermelhadas, formando pápulas ou vesículas, com exsudação e formação de crosta que evoluem para lesões descamativas na fase crónica.[1] A sua incidência tem vindo a aumentar ao longo dos últimos 40 anos e, atualmente, estima-se que afete entre 10% e 20% da população pediátrica. O seu início acontece geralmente durante o primeiro ano de vida, mas, na maioria das situações, aproximadamente 60% das crianças apresentam uma diminuição ou desaparecimento completo das lesões antes da puberdade.[2]
O eczema nas crianças manifesta-se maioritariamente como pele seca, com vermelhidão, principalmente nas dobras da pele dos braços, cotovelos, atrás dos joelho, orelhas, pescoço, punhos, mãos e tornozelos. Nos adultos a aparência é parecida, porém pode afetar diferentes áreas do corpo, como a face, o couro cabeludo, os ombros, o tronco e o pescoço.
A pele é o maior órgão do corpo humano e é um “escudo” protetor contra agentes do meio ambiente (bactérias ou vírus). Como tal, os cuidados não devem ser poucos para a manutenção de uma pele saudável. As crises de dermatite atópica podem ser espaçadas e controladas, garantindo uma melhor qualidade de vida a quem sofre desta condição, por isso, investir no cuidado diário da pele é uma ação simples, mas essencial.
Quando estamos perante a existência de uma crise de eczema atópico, ou lesões na pele difíceis de controlar, é importante consultar um médico dermatologista.