Jovens representam quase metade das requisições de crédito habitação no verão 2024. Os dados que o ‘idealista’ partilhou revelam que as principais razões foram as medidas implementadas sobre o IMT e o IS.
A nova isenção de IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis) e IS (Imposto Selo) fez surgir um novo interesse de jovens portugueses em comprar casa, de acordo com os dados do relatório trimestral do ‘idealista’. A plataforma partilhou os destaques mais importantes a realçar deste estudo, bem como o perfil financeiro dos jovens.
O aumento da procura de crédito habitação por jovens até aos 35 anos, após as isenções de IMT passaram a representar 49,2%, comparado a 35,8% em 2023. Os grupos etários mais destacados neste aumento são, a faixa dos 25 aos 35 anos que lidera os pedidos (39,7%), ao mesmo tempo que os jovens até aos 25 anos apesar de terem aumentado a sua participação, foi apenas para 9,4%.
O rendimento e o endividamento também foram fatores a ser avaliados, sendo que, metade dos jovens entre os 25 e os 35 anos têm rendimentos até aos 2 mil euros. No que diz respeito aos jovens até aos 25 anos, 66% ganha abaixo desse valor. Assim, a taxa de esforço média varia entre os 29% e os 36%.
Respeitante ao perfil financeiro dos jovens, os que têm rendimentos entre 2 mil e 4 mil euros são os que mais contratam crédito, 37% com uma taxa de esforço média de 19%. Os jovens com rendimentos até aos 2 mil euros têm uma representação de 18% dos contratos com o esforço em quatro pontos percentuais mais baixos, 33%. Também relativo à representação dos 18% estão os jovens com rendimentos superiores a 10 mil euros brutos, mas com um esforço de 31%.
O acesso à habitação própria em Portugal deve-se principalmente ao financiamento bancário, este aumento expressivo, entre julho e setembro, da procura por crédito habitação por parte dos jovens até aos 35 anos relaciona-se com as novas medidas sobre o IMT e o IS.