O cancro é uma realidade que afeta milhões de vidas em todo o mundo, sendo responsável por uma significativa taxa de mortalidade.
Nos países da União Europeia (UE) é a segunda principal causa de morte, após as doenças cardiovasculares. Todos os anos, 2,6 milhões de pessoas são diagnosticadas com cancro e mais de 1,2 milhões de pessoas morrem devido a esta doença.[1] A aposta na prevenção, deteção precoce de sintomas e acesso aos tratamentos são as principais estratégia na luta contra este flagelo.
O cancro caracteriza-se pelo crescimento descontrolado de células anormais e representa uma enorme ameaça para a nossa sociedade, uma vez que o seu impacto não é apenas na vida do doente, mas também na dos seus familiares. De acordo com dados da Comissão Europeia, estima-se que o impacto económico global do cancro na Europa seja de 100 mil milhões de euros por ano.
A propósito do Dia Mundial de luta contra o Cancro, que se assinala a 4 de fevereiro, recordamos, através do Blog da Medicare `Mais Saúde´, algumas das questões mais comuns quando se enfrenta este problema.
O cancro tem origem em alterações genéticas nas células normais, transformando-as em células cancerígenas. Essas alterações podem ser desencadeadas por diversos fatores, como exposição a substâncias carcinogénicas, radiações ultravioleta, predisposição genética, substâncias químicas e mutações aleatórias ao longo do tempo.
O crescimento descontrolado das células cancerígenas resulta na formação de tumores, podendo estes invadir tecidos adjacentes e espalhar-se para outras partes do corpo, um fenómeno conhecido como metástase.
As metástases dão-se quando células cancerígenas se deslocam para novas áreas do corpo, representando, assim, um desafio significativo no tratamento do cancro. A capacidade dessas células em manipular o ambiente ao seu redor é crucial para o estabelecimento de novos focos de crescimento maligno. A angiogénese, ou formação de novos vasos sanguíneos, é uma estratégia utilizada por algumas células cancerígenas para garantir nutrientes e oxigénio ao novo tumor.
É importante destacar que nem todos os tumores são cancerígeno. Os tumores podem ser benignos, não cancerígenos e de crescimento lento, ou malignos, cancerígenos e capazes de se espalhar para outras partes do corpo. O cancro, por sua vez, refere-se especificamente a tumores malignos invasivos.
Existem mais de 100 tipos de cancros, classificados entre carcinomas, sarcomas, linfomas, leucemias, mieloma múltiplo e melanoma, entre outros. Em Portugal, os cancros mais comuns incluem o da pele, pulmão, mama, colorretal, próstata e ovário. Os sinais de alerta para o cancro variam, sendo essencial estar atento a mudanças na pele, nódulos, sangramento anormal, dores persistentes, alterações nos hábitos intestinais/urinários, perda de peso inexplicada, fadiga prolongada entre outros.
O diagnóstico do cancro envolve exames físicos, análises de sangue, imagens médicas e biópsias. A biópsia, processo que retira uma amostra do tumor para análise, é crucial para determinar o tipo e estágio do cancro. Quanto ao tratamento, existem diversas abordagens disponíveis, incluindo cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, terapêutica hormonal e transplante de células estaminais.
Embora a genética influencie a suscetibilidade ao cancro, fazer escolhas que contribuam para uma vida mais saudável desempenham um papel crucial na prevenção. Adotar uma dieta variada, manter um peso saudável, evitar o tabaco, limitar o consumo de álcool, proteger-se do sol e participar em rastreios regulares são estratégias eficazes. O diagnóstico precoce é fundamental e a prevenção é um compromisso de todos para uma vida mais longa e saudável.
Lembre-se, ao notar sinais preocupantes, consulte um médico para uma avaliação adequada. A prevenção e o diagnóstico precoce são aliados essenciais na luta contra o cancro. Faça rastreios anuais e cuide da sua saúde!