No dia 15 de Maio, celebrou-se o Dia da Família. Esta celebração destaca a importância da família na estrutura do núcleo familiar e na base da educação infantil. Também reforça a mensagem de união, amor, respeito e compreensão necessárias para o bom relacionamento de todos os elementos que compõem a família. Escolher ter filhos e aumentar a família, implica um padrão de consumo específico e não desperdiçar nem sempre é fácil. Desta forma, a Phenix, start-up que tem como objetivo combater o desperdício alimentar e não alimentar, partilha cinco formas de evitar o desperdício no seio de cada família.

Tal como acontece com os brinquedos de Natal, osgostos e necessidades das crianças mudam quando se trata de comida. No entanto, não é necessário fazer uma lista dos seus alimentos preferidos – que tal tentarconversar com os mais pequenos antes de ir às compras para identificar os seus desejos do momento, sempre por base a promoção de uma alimentação variada e equilibrada?  Sugestão: porque não pedir que escolham os alimentos por categorias? Quais os seus frutos preferidos; que legumes gostariam de comer; que acompanhamento gostariam com o peixe. Esta é também uma boa oportunidade para os sensibilizar para as frutas e legumes da época, pedindo que apontem os seus favoritos .  Ao envolver as crianças, elas sentir-se-ão preocupadas com o que têm no prato!

Para as crianças mais pequenas, a proposta é tentar identificar os seus gostos ou despertá-los com pequenas explorações gustativas e não eliminar o que não gostaram na altura, pois podem vir a apreciar o sabor mais tarde.

Combinando estes conselhos, será possível desperdiçar menos em família ao mesmo tempo que são satisfeitas as necessidades e expetativas dos mais pequenos.

Dica bónus: evitar petiscar entre as refeições reduz consideravelmente a quantidade de sobras nas refeições!

Criar um plano com as crianças

Participar! Esta é a chave para reduzir o desperdício familiar. Envolver as crianças no planeamento das refeições dá-lhes um sentido de visão e de responsabilidade. Elas compreendem que os seus pedidos têm um impacto direto no que vão comer durante a semana.

Para criar um plano, sugerimos que sejam definidas algumas diretrizes para garantir que as refeições são variadas e equilibradas ao longo da semana. Legumes, leguminosas, alimentos ricos em fibras, pequenas guloseimas… Quanto mais variedade, melhor! Para se divertirem um pouco, o plano pode ser elaborado com recurso a folhas e canetas dos mais novos, em que estes podem colorir o plano e cria uma representação artística! Este plano deve depois ser afixado no frigorífico para que todos o vejam. Ao longo da semana, as crianças lembrar-se-ão do seu envolvimento e sentir-se-ão menos relutantes em terminar certos pratos. Mais um passo contra o desperdício.

Recompensar e promover ações anti desperdício

Reduzir, com êxito, os resíduos na família significa criar todo um círculo de valores positivos em torno da luta contra o desperdício. Como é que isso pode ser feito? Recompensando e valorizando as ações do dia a dia contra o desperdício, sejam elas quais forem. Desta forma, as crianças assimilam uma noção de respeito pela vida em comum e pela natureza. Percebem que ser um cidadão ecológico é essencial e que tal é possível, dando pequenos passos todos os dias.

Apagar as luzes quando se sai de uma divisão, separar o lixo, não querer comprar em demasia, evitar o desperdício… Os pais podem – e devem! – valorizar cada gesto e recompensar as crianças que são cuidadosas! A mensagem é, naturalmente, adaptada a cada faixa etária das crianças.

Mostrar às crianças que os resíduos são… um recurso!

Por que não fazer algumas atividades em família com base em receitas que utilizam sobras de comida? Sim, é possível! Há muitas receitas feitas exclusivamente a partir de excedentes que se encontram sempre no final das refeições. Para motivar os mais novos, até podem ser organizados pequenos concurso de receitas.

Este tipo de atividade sensibiliza as crianças para o valor dos resíduos e das sobras ao mesmo tempo que compreendem que não devem deitá-los fora e que podem ser utilizados para criar coisas novas e fantásticas! Deixar a criatividade dos mais novos fluir também será benéfico ao seu desenvolvimento pessoal. Dica bónus: introduzir as crianças ao tema da compostagem através de restos de plantas (como cascas) e mostrando-lhes o seu poder.

  Ensinar as crianças a gerir uma horta

Por falar em compostagem, e caso exista essa possibilidade, ensinar as crianças a gerir uma horta é uma excelente forma decriar uma relação entre as crianças e a natureza. Elas compreenderão o que a natureza tem para oferecer em troca de algumas ajudas. Com ferramentas adequadas à idade, poderão desenvolver as suas capacidades motoras delicadas com novos movimentos. Compreenderão também que devem ser pacientes e que cada legume, fruta ou planta que comem mais tarde levou tempo a crescer. Desta forma, as crianças passam a valorizar mais estes alimentos naturais. Ao mesmo tempo, também se poderá explicar o princípio da sazonalidade, ou seja, que devemos dar prioridade aos frutos e legumes da época, para o bem do ambiente.