A síndrome de bexiga hiperativa é um conjunto de sintomas que têm origem numa perturbação do armazenamento de urina na bexiga.
Nestas situações, o músculo da bexiga (detrusor) contrai-se demasiado cedo e não se consegue controlar a saída de urina pela uretra. Este pode ser um dos sintomas da síndrome de bexiga hiperativa.A bexiga hiperativa afeta cerca de 17% dos adultos acima dos 40 anos de idade, no entanto, tem uma maior incidência no sexo feminino, devido a fatores como a gravidez, o parto e a menopausa.
No âmbito do Dia Internacional da Saúde Feminina, que se assinalou no dia 28 de maio, a plataforma ‘Na Bexiga Mando Eu‘ partilhou alguns conselhos de estilo de vida que podem ajudar a aliviar os sintomas e a melhorar a qualidade de vida das mulheres.
- Manutenção de um peso saudável – O excesso de peso pode aumentar a pressão e o stress na zona pélvica, que acaba por ficar mais frágil.
- Alimentação equilibrada e ingerir doses adequadas de alimentos ricos em fibra, cálcio e vitamina D de forma a prevenir a obstipação e debilidade da massa óssea, agravando o risco de incontinência urinária – Uma alimentação equilibrada para além de auxiliar na manutenção do peso, contribui para o normal funcionamento do intestino, de forma a aliviar a pressão no pavimento pélvico aquando da necessidade de evacuação. Além de que, a ingestão de alimentos ricos em cálcio e vitamina D contribui para manutenção dos ossos e evita que o nosso organismo vá buscar as reservas ao osso, afetando assim a integridade da massa óssea.
- Evitar a ingestão de cafeína, bebidas alcoólicas e alimentos ácidos – Existem algumas bebidas e alimentos que causam irritabilidade na bexiga e que devem ser evitados, nomeadamente o chá, o café, as bebidas alcoólicas, os refrigerantes, as bebidas à base de citrinos, o tomate e os alimentos à base de tomate, os alimentos condimentados, o chocolate e os adoçantes artificiais. No entanto, a ingestão de água deve ser mantida. A urina concentrada, pode irritar a bexiga e causar obstipação.
- Prática regular de exercício físico e exercícios pélvicos – A prática de exercício físico não deve ser evitada, até mesmo por questões de controlo do peso. Mas é indicado que pratique uma modalidade com menos impacto e pouco uso de pesos. Em conjugação devem ser realizados exercícios para fortalecer a zona pélvica. Estes exercícios passam por contrair os músculos da vagina e do ânus e podem ser feitos em qualquer altura, quer esteja a conduzir, a trabalhar ou sentada no sofá. Para tal tem apenas de localizar estes músculos.
Localizar e exercitar os músculos:
- Sente-se confortavelmente numa cadeira com as costas direitas, com os joelhos afastados e a zona pélvica em posição neutra (mantendo a curvatura natural da parte inferior da coluna). Deverá relaxar as nádegas.
- Aperte o esfíncter anal como se tentasse impedir a saída de gases.
- Imagine que a sua vagina é um elevador que fecha as portas unindo os dois lados e que, depois, sobe e desce pelos vários pisos.
Se for uma mulher grávida, deve intensificar estes exercícios, durante o pré e pós parto, uma vez que a pressão exercida sobre o pavimento pélvico é maior e a probabilidade de desenvolver incontinência urinária e por conseguinte bexiga hiperativa aumenta.
- Não fumar e, se for fumadora, deve tentar abandonar este hábito – Os fumadores têm tendência para tosse crónica, que pode agravar o enfraquecimento pélvico, devido à pressão exercida pelos espasmos musculares provocados pela tosse.
Saiba mais sobre bexiga hiperativa e faça a sua autoavaliação em:
https://www.nabexigamandoeu.pt/sobre-a-bexiga-hiperativa/incontinencia-urinaria/