Drama, suspense e romance são as sugestões desta semana.
Chegar a uma sexta-feira depois de uma intensa semana de trabalho é um dos momentos prediletos da semana para muitas pessoas. A New Woman deixa-lhe nesta rubrica semanal, três sugestões de filmes para que o seu fim-de-semana seja um pouco mais especial.
Para aqueles que gostam de um romance mais delicado e leve, o filme “A Descoberta do Primeiro Amor” pode ser a opção ideal para este fim-de-semana. O romance é de 2010, mas retrata uma história de amor vivida na década de 60 por Juli e Bryce. O filme é de Rob Reiner e conta com uma narrativa apelativa que atravessa as diferentes fases de crescimento dos protagonistas.
Juli Baker conhece Bryce Loski no verão de 1957. Ambos com sete anos de idade, mas com reações diferentes ao seu encontro, descobrem naquele momento que vão passar a ser vizinhos. Juli fica encantada com o jovem e desde aquele momento passa acreditar que este será o seu primeiro grande amor. Por sua vez, Bryce, uma criança tímida e reservada, sente-se demasiado invadido pela forma como a rapariga o interpela e se dirige a ele. Para além de vizinhos, os dois vão passar a ser colegas de turma e a ter de lidar um com o outro durante os anos cruciais para o seu crescimento. Se no início a paixoneta de Juli era platónica, com os anos e com a convivência deixa de o ser. Vemos os dois a tentar inteirarem-se um sobre o outro e realmente a desenvolver um interesse genuíno.
Ao longo da história, vamos descobrindo um pouco mais da vida pessoal dos jovens. Nascidos sob seios familiares totalmente diferentes, de classes económicas distintas, lidam com circunstâncias especificas. A maneira como se interrogam sobre a vida um do outro é interessante e a sua aproximação acaba por se tornar natural, inocente e bonita. Um excelente filme para voltar a acreditar no amor e na simplicidade do sentimento. A envolvência da década de 60 ainda deixa o filme mais especial e cativante.
Alguma vez viu algum filme coreano? Se por acaso ainda não, dê uma oportunidade a este. Intenso, profundo, inusitado e chocante são apenas quatro adjetivos para descrever este que podia ser apenas mais um filme, mas que acaba por ser muito mais que isso. “Parasitas” é um filme coreano que ficou em exibição, em Portugal, no início de 2020. Apresenta-nos duas famílias nas antípodas no que diz respeito ao contexto social: a família Kim e a família Park.
O filme fala-nos sobre a difícil vida da família Kim. Pobres, desempregados e a viveram com os filhos em situações precárias. O filho mais velho, KI-woo, inteligente e com capacidades para vingar numa boa profissão vê-se refém da condição social e procura por empregos de meio período mal pagos. Até que algo acontece. Um grande amigo seu da altura da escola, interpela-o para que ele o possa substituir a dar explicações de inglês a uma aluna do ensino secundário. Quando vai à entrevista, Ki-woo percebe a diferença de realidade da casa da família Park e a sua. A partir do momento que lá começa a trabalhar, o jovem começar a arranjar formas e artimanhas para conseguir meter toda a sua família de desempregados a trabalhar na casa da família Park. Quando os planos dão certo e todos trabalham para a família rica, tornam-se os tais “parasitas”. Uma data de acontecimentos dentro da casa faz perceber que aquela cas tem segredos mais obscuros por contar.
Acredite que o início e o final do filme vão deixá-lo surpreso. A narrativa mistura comédia e suspense. É um filme que se vê sem pausas e que se sai sufocado de questionamentos, muito devido à profunda crítica social que nos apresenta. Em 2020, os “Parasitas”, com o realizador Bong Joon-Ho, ganharam o Oscar de melhor filme e foram premiados com outros prémios.
O Diário da nossa Paixão é um drama que nos fala sobre amor, experiências e perda daquilo que um dia fomos. Dificilmente, vai sair deste filme sem deitar uma lágrima. Emotivas, fortes e belas são características podem descrever algumas cenas. O filme é de Nick Cassavetes e de 2004. A narrativa conta-nos a história de amor de um casal de idosos. Dando-nos a conhecer o panorama atual da sua relação e a sua profunda e cativante história.
Noah e Allie viveram uma intensa paixão, com as suas peripécias e consertos, mas agora existe um problema. Allie está com Alzheimer e já não se lembra do marido, dos filhos e da sua bela história de amor. Para tentar trazer o amor da sua vida de volta, Noah vai lendo um diário a Allie sobre a história deles, como se fosse um romance e de outras pessoas se tratasse. Com isto, Noah espera conseguir que a mulher se lembre de alguns momentos da sua vida a dois e dos seus sentimentos.
O contraponto entre o presente e o passado, torna as cenas muito emblemáticas e bonitas. Um dos beijos do casal neste filme foi premiado de tão intenso que foi. É um bom filme para se ver em qualquer altura do dia e do ano. Uma história para ver e para repetir. Não perca este drama emblemático este fim-de-semana.
Artigo por Sara Teixeira