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Para este fim de semana e, de forma comemorativa, apresentamos três livros de José Saramago. 

Autor de mais de 40 títulos, José Saramago veio ao mundo no dia 16 de novembro de 1922 – no entanto, os documentos oficiais referem que nasceu dois depois, no dia 18. As noites passadas na biblioteca pública do Palácio Galveias, em Lisboa, foi a sua grande “faculdade” e que contribuiu, de forma extremamente importante, para a sua formação profissional e pessoal.  

Em 1947, publicou a sua primeira obra que intitulou “A Viúva”, mas que, legalmente e editorialmente, saiu com o título “Terra do Pecado”. Entre a sua vida de escritor e as suas funções editoriais e diretivas, eis que, em 1995, venceu o Prémio Camões e, três anos depois, conquistou um Prémio Nobel de Literatura (1998).     

Caim, 2009 

“A história dos homens é a história dos seus desentendimentos com deus, nem ele nos entende a nós, nem nós o entendemos a ele.” 

José Saramago, 2009 

Sem represálias daquilo que possa ser acusado pelos católicos, em Caim, José Saramago produz uma interpretação bíblica irreverente, irónica e mordaz. À data do seu lançamento, a obra suscitou muitas polémicas e sofreu muitas críticas, contudo “nem lhe tocou na pele”, segundo o próprio. 

Caim é o seu último romance publicado enquanto fora vivo, a bordo da editora “Caminho”, José Saramago viu o lançamento do seu livro a ser realizado no dia 18 de outubro de 2009. A sua necessidade de abordar a bíblia foi concebida e essa obra faz parte do seu património cultural riquíssimo.  

Memorial do Convento, 1982 

Através da íntima relação entre a narração ficcional e a histórica, o romance critica a exploração dos pobres pelos ricos, que origina a guerra entre os indivíduos e a corrupção pertencente à natureza humana, focando-se também na corrupção religiosa, aliando igualmente o tema do solitário que luta contra a autoridade, recorrente nas suas obras. 

Resumidamente, o autor satiriza as políticas do poder do Portugal contemporâneo. Traduzido em mais de 20 línguas, a obra conta com mais de 50 edições, sendo que o Memorial do Convento inspirou ainda a ópera “Blimunda”, de Azio Corgi, criada na Scala de Milão em 1990. 

Ensaio sobre a Cegueira, 1995 

“Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida. São 300 páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso.” 

– José Saramago, 1995 

A obra retrata a cegueira que começa num único homem, durante a sua rotina habitual. Quando se encontra parado no semáforo, este homem tem um ataque de cegueira e aí as pessoas em seu redor correm em seu socorro que formando uma cadeia sucessiva de cegueira. O governo age e as pessoas infetadas são colocadas em uma quarentena com recursos limitados que irá desvendar aos poucos as características primitivas do ser humano. 

A força da epidemia não diminui com as atitudes tomadas pelo poder governo e, de forma extremamente veloz, o mundo torna-se cego, onde apenas uma mulher, misteriosa e secretamente manterá a sua visão e enfrentará todos os horrores que serão desencadeados por sentimentos que se desenrolam na obra como, por exemplo: o poder, a obediência, a ganância, o carinho, o desejo, a vergonha, entre outros. 

O mundo cego acabará por dar lugar a um mundo bárbaro e imundo, sem que as memórias e rastros não se desvendem. 

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