A dor pélvica crónica não costuma ser bem compreendida e é frequentemente mal diagnosticada
A zona pélvica é composta por vários órgãos: a bexiga, os intestinos, o útero ou o reto, e existem múltiplas articulações, músculos, ligamentos, nervos e vasos sanguíneos. Deficiências em alguma destas áreas podem levar a dor pélvica. A dor pélvica crónica não costuma ser bem compreendida e é frequentemente mal diagnosticada, especialmente se a causa for alguma disfunção venosa. As veias ajudam a transportar o fluxo de sangue desde as extremidades para o coração, e se estes vasos não conseguirem fazer o seu trabalho corretamente, o sangue pode começar a acumular-se, e os vasos dilatam (varizes). Este tipo de disfunção venosa na zona pélvica chama-se síndrome de congestão pélvica. Assinalando o Dia Mundial da Saúde, A INTIMINA, marca que oferece a primeira gama de produtos dedicados ao cuidado da saúde íntima feminina, torna esta patologia mais visível com a ajuda de Rachel Gelman, fisioterapeuta especializada em pavimento pélvico, oferecendo um guia rápido e como tratá-la.
A síndrome de congestão pélvica é uma condição pouco compreendida. Contudo, estudos mostram que pode impactar até 30% das pacientes com dor pélvica crónica e em que não é possível encontrar outra patologia. Neste momento não existem critérios concretos para diagnosticar a condição, muitas vezes é baseado nos sintomas, no historial médico e na exclusão de outras condições e pode-se encaminhar para um especialista vascular que realize exames direcionados.
Sintomas da Síndrome de Congestão Pélvica
As causas da síndrome de congestão pélvica não são totalmente compreendidas, contudo, parece existir um risco acrescido em pacientes que tiveram gravidezes múltiplas. Isto pode acontecer porque, durante a gravidez, há um aumento do fluxo sanguíneo, o que pode levar a alterações nas veias que se tornam permanentes. As hormonas também podem ser um fator para esta condição, uma vez que o estrogénio e outras hormonas contribuem para a dilatação dos vasos sanguíneos. Até agora, não foram documentados casos em mulheres na menopausa.
Tratamento
Muitos dos sintomas associados à síndrome de congestão pélvica podem estar relacionados com outras condições médicas, pelo que é essencial consultar um médico para determinar a origem da dor pélvica. Um médico especialista pode prescrever exames de diagnóstico para avaliar a função dos vasos sanguíneos pélvicos. Se a síndrome de congestão pélvica for diagnosticada, existem várias opções de tratamento, como medicamentos ou algum procedimento que bloqueie o fluxo de sangue para a veia, impedindo a acumulação de sangue no vaso sanguíneo. Embora seja necessária mais investigação para compreender melhor a síndrome de congestão pélvica, esta condição deve ser sempre considerada como uma possível causa de dor pélvica crónica.