Odi e Kasi foram resgatadas do Alasca.
Todos os dias as lontras comem o equivalente a 25%-30% do seu peso ou, por outras palavras, o equivalente a um humano adulto comer cerca de cem hambúrgueres. Esta semana os visitantes poderão assistir às suas refeições (às 10h, às 11h e às 15h) ou ainda fazer perguntas aos educadores marinhos, que estarão no habitat Pacífico do Oceanário de Lisboa para esclarecer questões e partilhar curiosidades sobre esta espécie «Em Perigo».
Esta é a semana do Odi e do Kasi, as duas lontras-marinhas que vivem no Oceanário de Lisboa. Nascidos no Alasca em 2017, quando foram encontrados estavam sozinhos e muito debilitados, por isso, foram resgatados pelo Alaska SeaLife Center. Por terem menos de um ano de idade, e não terem aprendido com a mãe comportamentos essenciais para a sua sobrevivência, não puderam ser devolvidas ao seu habitat natural. Assim, encontraram no Oceanário uma nova casa. Ao longo desta semana, educadores e biólogos marinhos do Oceanário de Lisboa vão desvendar os segredos destes animais tão icónicos, na exposição e através das redes sociais, e dar a conhecer o seu dia-a-dia, as particularidades e comportamentos.
Através destas iniciativas, o Oceanário pretende alertar e sensibilizar os visitantes para a necessidade de proteção da espécie, envolvendo o cidadão-comum na conservação do oceano, através da alteração de comportamentos.
As lontras-marinhas têm o pelo mais denso do reino animal: têm mais pelos num centímetro quadrado (cerca de 155 mil) do que os humanos têm cabelos na cabeça inteira, cerca de 100 mil. As suas duas camadas de pelo retêm uma camada de ar que as torna impermeáveis, impedindo que a água fria lhes toque na pele. Devido à caça furtiva para comércio ilegal de peles, as lontras-marinhas já estiveram perto da extinção. Apesar de em 1911, um tratado internacional lhes ter conferido proteção, o que permitiu a sua recuperação, estão ainda “Em Perigo”, segundo a avaliação da IUCN, devido a ameaças como os derrames de petróleo, as alterações climáticas e a destruição de habitat.
Para regular a sua temperatura, as lontras-marinhas precisam de comer, todos os dias, o equivalente a 25%-30% do seu peso. Para satisfazer o seu apetite, podem gastar metade do dia nesta tarefa, em busca de mexilhões, amêijoas, caranguejos, ouriços-do-mar ou mesmo polvos. Quando querem partir a concha, a carapaça ou os espinhos das suas presas podem usar as rochas ou uma pedra que põe em cima da barriga e usam como bigorna — sendo dos poucos mamíferos a usar ferramentas para se alimentar.
Conheça melhor estes animais tão fofos, mas «Em perigo» e aproveite a Happy Hour: todos os jovens, até aos 25 anos, pagam 7€ entre as 17h e as 20h.
Artigo por New Woman