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O DESEJO DE VER O MUNDO ANTES DE PERDER A VISÃO

Três dos quatro filhos foram diagnosticados com a mesma doença oftalmológica. Conheça a história inspiradora da família que decidiu viajar pelo mundo para mostrar aos filhos a beleza do mundo.

Retinite pigmentosa é a doença oftalmológica que afeta três dos quatro filhos do casal canadiano Edith Lemay e Sebastien Pelletier. Esta é uma condição genética rara que causa a perda ou o declínio progressivo da visão ao longo do tempo.

Aos três anos, a filha mais velha do casal, Mia, mostrava indícios de problemas de visão. Alguns anos mais tarde foi diagnosticada com retinite pigmentosa. Atualmente Mia tem 12 anos. Em 2019, o casal recebeu a notícia que também o filho Colin de 7 anos e Laurent de 5 anos, sofriam da mesma condição. Leo é o único filho que não sofre da doença dos irmãos.

Edith Lemay e Sebastien Pelletier perante esta difícil realidade começaram a planear uma viagem pelo mundo com os quatros filhos. A fim de lhes proporcionar uma memória visual rica, mostrando o máximo possível da beleza da natureza.

“Pensei: ‘Não lhe vou mostrar um elefante num livro, vou levá-la a ver um elefante verdadeiro e vou encher a sua memória visual com as melhores e mais belas imagens que puder”, explicou Edith Lemay à CNN.

Foi em março de 2022 que deram início a esta aventura e a este gesto de amor perante os filhos. A quando estavam a preparar a viagem, perguntaram aos filhos as experiências que gostariam de fazer e criaram uma lista com os seus desejos. Como por exemplo, Mia queria andar de cavalo e Laurent queria beber um sumo em cima de um camelo.

A viagem começou na Namíbia, África, onde conheceram elefantes, zebras e girafas. De seguida viajaram até à Zâmbia, Tanzânia. Depois voaram até à Turquia onde viveram um mês. Mongólia e Indonésia foram os destinos seguintes desta família. Partilharam que estão “muito focados na fauna e na flora. Vimos animais incríveis em África, mas também na Turquia e em outros lugares.”. Experiências e momentos em família, que de certo, nenhum dos seis se vai esquecer. Para além de proporcionar vistas incríveis do mundo é também uma aprendizagem. Viajar durante um ano é bastante educacional, como também muito difícil: “Podemos sentir-nos desconfortáveis. Podemos estar cansados. Há frustração. Portanto, há mesmo muito para aprender com a viagem em si”, diz o casal. “Eles adaptam-se facilmente a novos países e novos alimentos. Estou muito impressionada com eles”, acrescenta a mãe.

A família tem partilhado nas redes sociais esta aventura. A sua página no instagram já conta com mais de 45 mil seguidores e o Facebook já conta com 17 mil. Com esta experiência os pais esperam que o tempo em família, os diferentes países e culturas lhes ensine o quão afortunadas, apesar dos obstáculos que a vida pôs à sua frente.

Não existe cura nem tratamento eficaz para atrasar ou eliminar a progressão da retinite pigmentosa, contudo os pais acreditam que ao atingirem a meia idade, os filhos possam estar completamente sem visão.

No entanto ainda há esperança na ciência e que esta encontre uma solução. Caso tal não aconteça, Sebastien Pelletier partilha que querem “ter a certeza de que os nossos filhos estão preparados para enfrentar estes desafios”.

Artigo por Francisca Pinheiro

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