créditos- instagram Eve Gilles
Eve Gilles foi eleita a nova Miss França, porém foi alvo de críticas devido ao seu cabelo. Críticos também atacam o concurso.
O concurso Miss França já tem 103 anos e todas as finalistas que chegaram ao pódio apresentaram sempre o mesmo look- com cabelos lisos ou volumosos e comprido. Porém, este ano Eve Gilles ganhou a competição e tornou-se a primeira a vencer com um corte curto. Mas, após o anúncio, começaram logo a surgir críticas nas redes sociais. A organização foi acusada de ser “woke” e de estar a transformar o evento num programa demasiado inclusivo.
Logo após a revelação dos resultados, a Miss França de 20 anos pronunciou-se: “Ninguém deve ditar quem tu és”. “Estamos habituados a ver Misses bonitas com cabelo comprido, mas eu escolhi um look andrógeno com cabelo curto”, acrescentou Eve Gilles. “Cada mulher é diferente, somos todas únicas”, arrematou.
Eve Gilles venceu a competição com o seu famoso corte “à la garçonne” (“à rapaz”, em português) sendo que o resultado surge da combinação de votos entre a audiência e um painel de sete mulheres. “O concurso Miss França já não é sobre beleza, é um concurso woke baseado na inclusividade”, escreveu um dos críticos, na rede social X, citado pelo jornal “The Telegraph”.
Apesar da reação do público, Gilles mostra-se orgulhosa. “Gostava de mostrar que a competição está a evoluir e a sociedade também, que a representação de mulheres é diversa. Na minha opinião, a beleza não está só limitada a cortes de cabelo ou formas que temos… ou não”, disse a Miss França, citada pelo “Le Monde”.
Em Portugal, também a vencedora do Miss Universo Portugal, Marina Manchete, foi alvo de críticas por se tornar a primeira mulher transgénero a participar e a ganhar a competição.