O diagnóstico de muitos cancros é dispendioso e por vezes invasivo. Mas, agora já é possível detetar precocemente a doença através de uma análise ao sangue.
A maioria dos cancros não causa sintomas até estarem num estado avançado e além disso, os diagnósticos são cada vez mais tardios. De forma a detetar mais precocemente esta doença, foi desenvolvido um novo método não invasivo e de baixo custo e a única coisa que é necessária é uma amostra de sangue.
Uma equipa internacional de investigadores, incluindo do Laboratório de Biologia Celular e Estrutural da Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos da América, desenvolveu uma análise ao sangue capaz de detetar uma proteína chave, a LINE-1-ORF1p, produzida por células cancerígenas que se revela promissora para a deteção precoce de vários tipos de cancro. Os resultados foram recentemente publicados na revista Cancer Discovery.
A proteína LINE-1-ORF1p entrou no radar dos investigadores há cerca de uma década e trata-se de um elemento semelhante a um vírus presente em todas as células humanas que se replica através de um mecanismo de copiar e colar. Depois, o resultado é uma nova cópia numa nova posição no genoma. Nos últimos anos esta proteína tornou-se altamente elevada na maioria dos cancros.
“O ensaio tem um potencial inovador como teste de diagnóstico precoce para cancros letais”, afirma Michael P. Rout, diretor do laboratório Rockefeller. “Estes tipos de instrumentos de deteção ultra-sensíveis estão preparados para melhorar os resultados dos doentes de forma transformadora”, explica o diretor do laboratório.