Maria Grazia Chiuri colaborou, num desfile, com a artista afro-americana Mickalene Thomas para homenagear as mulheres negras que marcaram a história
Joséphine Baker, de Freda Josephine McDonald, foi uma cantora e dançarina norte-americana, naturalizada francesa em 1937, e conhecida pelos apelidos de Vênus Negra, Pérola Negra e ainda a Deusa Crioula. A artista adotou durante a Segunda Guerra Mundial dupla nacionalidade: americana e francesa.
A artista foi o tema central do desfile da Dior, e com a ajudar da estilista Maria Grazia Chiuri evocou toda uma comunidade de mulheres pioneiras, de Donyale Luna a Nina Simone, passando por Hazel Scott. As suas fotografias em tamanho mural fizeram parte da cenografia resultante da colaboração com Mickalene Thomas , uma artista visual inspirada, entre outras correntes, pelo Renascimento do Harlem.
“Essas mulheres quebraram muitas barreiras na televisão, cinema, moda e ativismo social. É por causa de sua determinação e sacrifício que sou capaz de fazer este trabalho e ser o artista que sou hoje”, reconheceu Thomas.
A coleção teve como principal foco os anos 20: vestidos com franjas, com padrões geométricos e muitos brilhos dourados. Nesta época a atenção era toda virada para os ombros. As peças são construídas em torno de tecidos riquíssimos que caem estrategicamente sobre o resto do corpo.
O setor da moda insiste em afinar a silhueta, e esta coleção da Dior opta por fazê-lo de forma descontraída. Os drapeados e pregas não parecem milimetricamente calculados e os looks transbordam de uma informalidade que os torna ainda mais apetecíveis. Uma camisa de cetim e uma saia plissada com um casaco podem ser elevadas à alta costura? Sim, quando abordado por criadores como Chiuri.
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