Toda a gente a conhece, e todos usufruem dela, mas poucos sabem a sua origem. Conheça como nasceu a Black Friday.
Os descontos já começaram a chover, e já se vêm os colaboradores das lojas a posicionar estrategicamente os produtos de modo a captarem rapidamente a atenção dos consumidores. Em Portugal, a fama da Black Friday tem vindo a crescer gradualmente, mas nos Estados Unidos o termo já se utiliza desde 1869.
Tudo começou quando Jay Gould e Jim Fisk, dois especuladores da bolsa, se juntaram para tentar impor um preço mais elevado ao ouro, comprando grandes quantidades ao Estado. O golpe de Gould e Fisk acabou por gerar falências e ruturas no mercado, originando um crash na bolsa de Wall Street, em Nova Iorque. A data ficou então conhecida por “sexta-feira negra”.
Quase cem anos mais tarde, o termo volta a ser utilizado nos Estados-Unidos como forma de definir o facto de, na sexta-feira a seguir ao dia de Ação de Graças (última quinta-feira de novembro), a maior parte dos trabalhadores ficarem alegadamente doentes para terem quatro dias seguidos de folga.
Dez anos depois, “black friday” começa a ser associado a compras. A polícia de Filadélfia utilizou a expressão para se referir ao caos no trânsito provocado por veículos que se deslocavam para, provavelmente, gastar o dinheiro que receberam nos festejos do feriado norte-americano.
Finalmente, nos anos 2000, “black friday” assume-se oficialmente como o dia com maior volume de compras do ano. O termo universalizou-se e começou a ser utilizado para definir o dia de promoções e descontos na última sexta-feira de novembro. Hoje em dia, há quem espere o ano inteiro para fazer compras mais dispendiosas nesta data, tornando-se num autêntico sucesso mundial.
Contrariamente ao que algumas fontes defendem, a Black Friday não teve origem na escravatura, mas sim num simples ato consumista.
Artigo por Carolina Bernardo