ABORTO ESPONTÂNEO: UMA CONSEQUÊNCIA DO CORPO COM GATILHOS EMOCIONAIS

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ABORTO ESPONTÂNEO: UMA CONSEQUÊNCIA DO CORPO COM GATILHOS EMOCIONAIS

Segundo a revista The Lancet, cerca de 23 milhões de gestações acabam em abortos espontâneos.

Quando se chega a uma determinada altura da vida em que o desejo de constituir família fala mais alto, engravidar começa a ser uma meta para muitos casais. Tudo muda e ganha um novo significado quando se está à espera de uma criança, mas algumas mulheres são confrontadas com obstáculos pelo caminho, o aborto espontâneo é um deles.

O aborto espontâneo, tal como o nome indica, consiste na perda gestacional involuntária, com expulsão completa ou incompleta do feto até às 20 semanas. Por norma, acontece nas primeiras 12 semanas de gestação, e só em casos mais pontuais ocorre depois disso. Os principais sintomas de uma perda fetal natural são o sangramento vaginal, a perda de coágulos de sangue e tecido pela vagina e fortes dores pélvicas.

Segundo um estudo conduzido pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston, cerca de 50 % dos casos de interrupções involuntárias da gravidez não têm explicação e 30% das gravidezes podem ter este desfecho. A maior parte dos abortos espontâneos acontecem devido a anomalias cromossómicas, mas existem muitas variáveis a ter em consideração. A idade mais avançada, as deformações fetais e o consumo de álcool e de drogas são possíveis causas que conduzem à morte fetal.

No momento em que haja suspeita da perda fetal é importante que se vá ao hospital para se fazer um diagnóstico.  Por vezes, o material fetal não é completamente expulso do útero, o que exige que seja retirado cirurgicamente. Assim complicações físicas poderão ser evitadas. Caso uma mulher sofra mais de três abortos espontâneos seguidos é importante que se percebam as causas.

Devido ao sangramento vaginal com restos ovulares de que normalmente vem acompanhado, algumas mulheres confundem o aborto espontâneo com a menstruação. Isto quando ocorre até à sexta semana de gestação e não têm conhecimento de que estavam grávidas previamente.  Quando por contrário, uma mulher está à espera de uma criança e tem um aborto natural, as consequências podem ser severas para o seu emocional.

É importante realçar que, a partir da 16º semana de gestação, a mulher pode saber com mais certezas qual é o sexo do feto e sentir movimentos fetais. Sentir vida a crescer dentro do seu corpo traz diversos sentimentos no seu auge e o ato de projetar uma vida em conjunto depois do bebé nascer acontece frequentemente. Um aborto natural cancela esses planos e a tão profunda interação entre mãe e feto.

Pode demorar cerca de mês para o seu corpo recuperar de um aborto espontâneo, mas a recuperação emocional costuma ser superior. Lidar com um aborto espontâneo é complicado. É um assunto relativamente pouco abordado, mas trata-se de uma perda dolorosa, na qual sentimentos como o fracasso, a culpa e a solidão podem vir ao de cima.

Sofrer um aborto espontâneo pode trazer sentimentos muito profundos e intensos de dor. Ao fim ao cabo, trata-se da perda de um filho, mesmo que ele nunca tenha chegado a nascer.  Muitas mulheres acabam por encarar a situação como traumática e desenvolver sintomas como a depressão e a ansiedade. 

A fase posterior à perda fetal pode ser comparada a um luto. Como qualquer luto tem fases como a negação, o choque e a aceitação. Alguns casais acabam por desenvolver problemas após o sucedido dada a intensidade das emoções. É fundamental que a mulher consiga fazer o seu luto para conseguir seguir em frente e caminhar em direção do seu bem-estar e felicidade.

A maioria das mulheres que sofre de um aborto espontâneo acaba por ter uma gravidez saudável mais tarde. Estima-se que uma mulher possa engravidar novamente, três meses após o evento traumático, mas cada caso é um caso. Vigiadas medicamente, o ideal seria que, a mulher procurasse ajuda profissional ou mesmo na família e nos amigos para conseguir superar o trauma e estar pronta de novo.

Artigo por Sara Teixeira

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