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19 MULHERES MORTAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2022

O número de mortes por feminicídio teve um aumento superior a 50% face a 2021.

Até dia 30 de junho, foram assassinadas 19 meninas e mulheres em Portugal. Segundo dados recolhidos pela Observatório das Mulheres Assassinadas (OMA) da União das Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), 15 mortes foram em contexto de relação de intimidade. Mulheres que foram mortas por parceiros, ex-maridos e mesmo pelos filhos.

Os números recolhidos de mortes e de tentativas de assassinatos contrastam com os do passado ano. Acredita-se que 16 mulheres morreram, nos primeiros seis meses deste ano, vítimas de femicídio. Isto apresenta um aumento de feminicídios superior a 50% face a 2021, ano em que morreram sete mulheres vítimas deste tipo de crime

A UMAR refere que muitos destes casos poderiam ser evitados se houvesse uma maior atenção às denúncias feitas pelas mulheres. Até ao momento, para além das 19 mortes, já houve 28 tentativas de homicídios contra meninas e mulheres. Isto significa que, em média, quatro mulheres sofreram tentativas de assassinato por mês.

Numa conferencia realizada na Faculdade de Psicologia do Porto, Liliana Rodrigues, presidente da UMAR, destacou a necessidade de se adotarem mais estratégias de prevenção e proteção das mulheres. “Precisamos de gritar, nem mais uma! 16 feminicídios em Portugal no espaço de seis meses é absolutamente inaceitável.”

A conferência aconteceu na quinta-feira e teve também o propósito de lançar a campanha de sensibilização do FEM- unitED (Unidos para Prevenir o femicídio na Europa). Este é um projeto que envolve oito entidades de cinco países. Portugal, Espanha, Alemanha, Chipre e Malta.

A campanha é constituída por cinco vídeos que sublinham a necessidade de expor alguns dos assassinatos como crimes de ódio contra mulheres. O objetivo é consciencializar para os sinais e fatores de riscos associados ao femicídio.

 Nesta campanha é refletida a forma como banalização da violência contra a mulher na sociedade e o feminicídio estão interligados.  Com os vídeos espera-se também que sejam tomadas as medidas necessárias para prevenir que surjam mais vítimas de feminicídio. “A sociedade portuguesa está consciencializada, mas falta ação”, explica Liliana.

Manuel Albano, vice-presidente da Comissão da Cidadania e Igualdade de Género (CIG), deixou a ressalva na conferência que, a partir de 1 de agosto, a rede vai disponibilizar 55 vagas para acolher vítimas.

Artigo por Sara Teixeira

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